Entidades defendem medidas efetivas para solucionar problemas de engarrafamento em Itaipava

[do Diário de Petrópolis – Segunda-feira, 12/09/2022]

Congestionamentos rotineiros prejudicam o turismo e comércio, além da qualidade de vida dos moradores da região

 Foto: Alcir Aglio / Diário de Petrópolis
Foto: Alcir Aglio / Diário de Petrópolis

O problema do trânsito em Itaipava não é novidade. Nos horários de pico, como de entrada e saída das escolas, atravessar o distrito de uma ponta a outra pode levar cerca de uma hora, trajeto que, sem engarrafamentos, pode ser feito em 15 minutos ou até menos. O agravamento dessa situação acarreta em uma série de consequências e prejuízos para os setores de Turismo e Comércio, além de impactar diretamente a qualidade de vida dos moradores da região.

Para a NovAmosanta, o problema é crônico e vivenciado diariamente pelos próprios moradores, de Itaipava e dos distritos. Porém, de acordo com o presidente da Associação (*), Jorge de Botton, já existem medidas que podem ser tomadas para que estes gargalos sejam resolvidos. Entre as alternativas, ele destaca a instalação de rotatórias entre o Centro e Itaipava, projeto que já vem sendo discutido entre o município, o Ministério Público Federal (MPF) e o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit).

“Há projetos já em andamento para melhorar, por exemplo, o trevo de Bonsucesso – ponto onde são registradas as retenções. Na verdade, são um conjunto de soluções importantes para destravar o trânsito na região, que está se agravando e, com a quantidade de lançamentos de condomínios, só irá piorar ainda mais. Sugerimos ter também o acesso da BR-040 para Itaipava pelo Bramil, esta intervenção está prevista dentro da nova concessão da rodovia, mas ainda deve levar mais tempo para ocorrer”, diz Jorge.

Outra medida defendida pela NovaMosanta é a criação de uma nova via pela Rua Agante Moço, que fica atrás do Parque de Itaipava. Segundo ele, para isso se tornar realidade, será necessário construir um acesso, como uma ponte, partindo do Hortomercado e do Fórum.  A ideia, segundo Jorge, é que esta estrada se torne uma duplicação da União e Indústria para quem vem do Centro para Itaipava e em direção aos distritos.

O Diário questionou a prefeitura sobre medidas para melhorar o trânsito de Itaipava. Em nota, a Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans) informou “que promove ações para a melhoria no trânsito na região, contando com o apoio da Guarda Civil Municipal (GCM). Reforço na sinalização no Trevo de Bonsucesso, asfaltamento de vias alternativas como a Agante Moço são algumas das medidas adotadas. A CPTrans também estuda outras medidas para a melhoria da mobilidade urbana na região”.

Prejuízos para turismo e comércio 

Presidente do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Petrópolis (SindTurismo-RJ), Germano Valente destaca que os engarrafamentos prejudicam e muito a situação do turismo em Itaipava. “Estamos em um ano decisivo de recuperação da economia local que foi abalada pela pandemia e por duas tragédias seguidas em 2022. Então, é importante que problemas, como de mobilidade urbana, recebam a atenção adequada para que possamos oferecer uma boa experiência ao turista, que se hospeda em Itaipava ou até mesmo no Centro e precisa se deslocar para ir a bares e restaurantes e consumir no comércio local, como na Feirinha de Itaipava, por exemplo. Além disso, também é oferecer qualidade de vida aos moradores da região”, afirma.

Outra entidade que destaca os problemas relacionados à falta de mobilidade em Itaipava é o Sindicato do Comércio Varejista de Petrópolis (Sicomércio). Para Marcelo Fiorini, presidente do Sicomércio, os engarrafamentos constantes afastam as pessoas.

“O comércio de Itaipava é muito rico, com uma variedade que tem potencial para atrair ainda mais visitantes. Estamos em um momento de recuperação econômica, juntando forças com os demais setores produtivos para fortalecer a economia da nossa cidade e essa atenção no trânsito é fundamental. Precisamos que petropolitanos e visitantes comprem no comércio local e todas as ações que puderem proporcionar uma boa experiência na nossa cidade é válida, por isso, precisamos de fluidez no trânsito em Itaipava”, destaca Fiorini.

(*) correção do blog: atualmente Jorge de Botton é vice-presidente da NovAmosanta, sendo presidente Carlos Eduardo Pereira.

Prefeitura aperta o cerco para que DNIT e DER realizem manutenção da Estrada União e Indústria

Prefeitura de Petrópolis

 

Município fez o serviço preventivamente em mais de 12 quilômetros com 225 toneladas de asfalto aplicados desde janeiro
Município fez o serviço preventivamente em mais de 12 quilômetros com 225 toneladas de asfalto aplicados desde janeiro

Um serviço que era obrigação dos governos estadual e federal e que a Prefeitura está assumindo, a manutenção da Estrada União e Indústria já teve 12 quilômetros com obras feitas pela prefeitura. É a principal ligação com os distritos e não podemos deixar 100 mil pessoas isoladas. Então, são duas frentes: a de reparos emergenciais que a prefeitura está fazendo e a cobrança oficial aos órgãos que são responsáveis pela estrada.

A prefeitura cobra que  Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito (Dnit) e do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) que cumpram a obrigação de fazer a manutenção viária na Estrada União e Indústria. A estrada tem 25 km e cerca de 100 mil pessoas passam diariamente pelos trechos administrados pelos órgãos federal e estadual.P or isso, a Secretaria de Obras assumiu temporariamente o serviço em virtude do risco de acidentes por causa dos muitos buracos. Desde janeiro, mais de 12 km da estrada receberam 225 toneladas de asfalto. No entanto, o município segue exigindo que os dois órgãos cumpram a função.

Contagem feita pela CPTrans aponta que, em média, 25,5 mil veículos passam diariamente pelo trecho que vai do Retiro a Pedro do Rio, que fica sob administração do Dnit. Já o trecho entre Pedro do Rio e Posse é responsabilidade do DER e tem movimento de 14 mil veículos em média por dia. Os números ressaltam a importância da conservação da estrada para segurança dos motoristas.

A Estrada União e Indústria é a principal ligação do Centro com os distritos. E, não à toa, tem fluxo de veículos e pessoas muito grande. Por isso a manutenção viária é tão fundamental. A Secretaria de Obras faz um serviço temporário, mas é necessário que Dnit e DER retomem a atribuição de manter as boas condições da pista e, assim, evitar acidentes.

O número de acidente é alto nesta via. Nos últimos cinco anos, foram 371 acidentes com 279 vítimas em média por ano. No primeiro semestre do ano passado, foram 143 acidentes com 174 vítimas – duas fatais. Desses, mais da metade das ocorrências foram com motos.

Em meados de janeiro, a Secretaria de Obras realizou tapa-buraco em 5,5 km da via, em um trecho bastante precário entre o Retiro e Corrêas. Foram dois caminhões com 30 toneladas de asfalto aplicados em cerca de 240 m² de buracos neste espaço. Na última segunda-feira (12.03), outros quatro caminhões com 60 toneladas de asfalto foram usados em uma das faixas entre a entrada do Castelo e a Ponte do Arranha-Céu, em Itaipava. Na terça (13.03), o trabalho aconteceu novamente entre Retiro e a entrada do Carangola, com mais quatro caminhões. Nesta quarta, foram utilizados mais cinco caminhões – 75 toneladas – na outra faixa entre Castelo e Itaipava.

O município faz o tapa-buraco em toda cidade, mas não é função da Secretaria de Obras assumir o trabalho que cabe ao Dnit ou ao DER. A conservação das estradas federais e estaduais não são responsabilidade da prefeitura e, por isso, estão sendo feitos novos ofícios para cobrar o tapa-buraco, a capina e a pintura de sinalização ao longo da União e Indústria.

A manutenção viária em Petrópolis tem sido feita com frequência. No ano passado, a Secretaria de Obras realizou o serviço de tapa-buraco 439 vezes em mais de 250 ruas e a manutenção de calçamento ocorreu 359 vezes em quase 220 locais.

Este ano, o trabalho já passou por Comunidade do Fragoso, Comunidade Florido, Alto da Serra, Centro Histórico, Estrada da Saudade, Sargento Boening, Secretário, Nogueira, Itaipava, Comunidade do Neylor, Caxambu, Morin, entre outros. Nesta quarta-feira (14.03), o serviço ocorreu ainda no Carangola.

 

Projetos de mobilidade urbana prometem reduzir congestionamentos em Itaipava

Por: Janaina do Carmo | Domingo, 21 de Janeiro de 2018 | Tribuna de Petrópolis (restrito)

Foto Daniel Câmara
Foto Daniel Câmara

 

A Companhia Petropolitana de Trânsito (CPTrans) está analisando três projetos de mobilidade urbana para a região de Itaipava. O objetivo é reduzir os constantes congestionamentos em três pontos: no trevo de Bonsucesso, em frente ao Parque Municipal e próximo ao Terminal Rodoviário. A intenção é conseguir parcerias público privada (PPP) para a execução desses projetos.

“Estamos estudando alternativas para pontos complicados na região de Itaipava. São projetos básicos para locais onde as pistas afunilam e contam com muitas conversões a esquerda o que causa os congestionamentos. Buscar parcerias para a implantação desses projetos tem sido o nosso objetivo”, ressaltou o diretor técnico operacional da CPTrans, Luciano Moreira.

Um dos projetos prevê mudanças na rotatória do Trevo de Bonsucesso. A alternativa é a mais viável economicamente, pois dependeria apenas de pavimentação em dois pequenos pontos. De acordo com o projeto, os dois retornos (tanto de quem vem de Itaipava em direção a Bonsucesso quanto de quem vem para a rodovia BR-040 e pretende seguir para Itaipava) seriam recuados cerca de 20 metros.

Para o diretor técnico da CPTrans, esse recuo evitaria que os motoristas “criassem” uma terceira fila após o retorno de quem vem de Itaipava e segue para o Bonsucesso. “O objetivo é evitar o pare e siga no trânsito. A velocidade neste trecho precisa ser constante para que não haja tantas retenções. Fizemos diversas simulações neste ponto e percebemos que esta criação de uma terceira fila de carros é um complicador”, disse o técnico. Segundo a CPTrans, nas sextas-feiras passam pelo Trevo de Bonsucesso cerca de 2.600 mil carros em uma hora.

Outro ponto onde há constantes engarrafamentos é em frente ao Parque Municipal de Itaipava. De acordo com o projeto, apresentado na semana passada, a Rua Agante Moço (localizada atrás do parque) seria usada como rota alternativa para quem segue em direção ao distrito. A via usada seria uma rua ao lado do Hortomercado Municipal e o Corpo de Bombeiros ligando a Estrada União e Indústria à Agante Moço.

O projeto prevê ainda a duplicação e pavimentação da via que fica atrás do parque, a pavimentação do trecho, a criação de uma ponte e também a desapropriação de um trecho em um condomínio localizado na saída da Agente Moço, já na Estrada União e Indústria.

De acordo com o projeto, o motorista que segue em direção ao distrito deverá acessar, obrigatoriamente, a via alternativa da Rua Agante Moço saindo na União e Indústria em uma rua ao lado de um condomínio. Para quem segue em direção ao Centro não há alterações. Com a implantação da via alternativa, o trecho em frente ao Parque Municipal ficará em mão única.

O terceiro projeto que apresentado à CPTrans no fim do ano passado, prevê mudanças próximo ao Terminal Rodoviário de Itaipava em frente ao supermercado Bramil. A intenção é reduzir o número de cruzamentos e, assim, o trecho poderá ganhar mais fluidez. O projeto tem parceria público privada e conta com pavimentação e criação de uma ponte no acesso a BR-040.

Pelo documento, quem vem de Itaipava em direção à Posse não conseguirá, por exemplo, contornar a rotatória para chegar ao supermercado Bramil – será necessária ir até o novo acesso que será construído e fazer o retorno. Essa rotatória seria fechada e a viagem ficaria menos 400 metros maior. O trecho da União e Indústria entre a rotatória e o acesso ficaria em mão dupla. Assim, quem quiser fazer o retorno pode se manteria na faixa da esquerda e quem quiser seguir para os distritos, continuaria na faixa da direita, sem provocar retenções.

No caso de quem vem da Posse em direção a Itaipava vai ter que pegar este novo acesso para depois retornar à União e Indústria e seguir viagem. Se objetivo é chegar à Lajinha, por exemplo, é necessário pegar o novo acesso e fazer retorno à esquerda. No trecho a Prefeitura construiria pontos de ônibus e um ponte de taxi, além de solicitar autorização ao Dnit e a ANTT para construir o acesso para a saída da BR-040 direto para a União e Indústria.

Para o presidente da NovAmonsanta, Jorge de Botton, a Prefeitura precisa procurar parcerias para a implantação desses projetos. “A ideia em usar a rua atrás do Parque de Itaipava não é imediatista, mas é uma visão para o futuro. É uma alternativa que irá render frutos a médio e longo prazo. Primeiro é preciso visualizar as opções e a segunda etapa é buscar as parcerias para a viabilização do projeto”, ressaltou.

Jorge de Botton lembra ainda que pequenas mudanças que ajudariam na mobilidade urbana em Itaipava poderiam estar incluídas no projeto executivo de recuperação da Estrada União e Indústria que está sendo elaborado pelo Dnit. “O Dnit tem R$ 50 milhões para este projeto, a Prefeitura deveria se envolver na elaboração e apresentar as alternativas e ideias que ajudariam no trânsito da região. Participar seria uma solução viável sem que a Prefeitura empenhasse recursos”, concluiu o presidente da NovAmonsanta.  (grifo do blog)

mobilidade2018

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