Empreendimentos em Itaipava vão Contra a Qualidade de Vida, Meio Ambiente e Mobilidade Urbana

[ clipping Diário de Petrópolis – Anna Paula Di Cicco ]

A quantidade de novos empreendimentos na região de Itaipava é alarmante e vem crescendo com o passar do tempo. Reflexo disso é o trânsito, já constante nos acessos ao distrito, além do verde que vem sumindo gradativamente. O biólogo José Washington Aguiar, também pós-graduado em Ciências Ambientais, chama a atenção para o perigo de permitir que o local receba um grande número de prédios sem que haja um planejamento que priorize a qualidade de vida na região.

– Em relação aos empreendimentos imobiliários, eles estão acabando com o verde, que era a essência do lugar. Algumas destas áreas são até de encostas. Isso mexe com a qualidade de vida, não só de quem mora, quanto de quem vai para lá. Como vai ser isso daqui a cinco anos? Itaipava não comporta e nem foi feita para isso, alerta.

Associações de Moradores também se posiciona

Ainda em maio deste ano, cerca de 50 associações de moradores, bem como entidades e organizações não governamentais, ligadas a Itaipava e arredores, se reuniram para consolidar o “Movimento Distrito de Petrópolis”, através da assinatura de um Termo de Cooperação. De acordo com a Novamosanta, encontros entre os cooperados incluem diversos debates e trazem os problemas da localidade à tona, em busca de soluções adequadas.

Os seis eixos principais, trabalhados a partir de divisões por grupos responsáveis são: respeito às condições de vida da população dos distritos; plano de desenvolvimento sustentável da região; programa de desenvolvimento da infraestrutura de água, saneamento, energia e comunicação; programa imediato de melhoramento da mobilidade urbana; compromisso de licenciamento de obras mediante avaliação de impacto ambiental, social e de reais condições de infraestrutura, e a destinação de recursos para atendimento à região, compatíveis com as necessidades e a contribuição tributária dos distritos.

( leia aqui na íntegra…)

Projeto Pode Melhorar Trânsito em Itaipava

[clipping (artigo integral) – Tribuna de Petrópolis ]

A nova pista de subida da serra e a construção do Arco Metropolitano, que já teve uma parte inaugurada, estão incentivando a expansão imobiliária na cidade. O motivo é que ambos encurtam a distância entre o Rio e Petrópolis. Com isso, muitos cariocas optam por subir e descer a serra todos os dias em busca de qualidade de vida. Entretanto, a previsão de que existem 4 mil novas unidades habitacionais em andamento na cidade é motivo de preocupação para organizações como a NovAmosanta, que tem como um dos objetivos cooperar com o governo, sugerindo melhorias em todas as áreas de infraestrutura urbana e social.

A preocupação é porque a cidade já enfrenta há anos o problema de mobilidade urbana e com a vinda de mais pessoas, estima-se que o número de automóveis também aumente. E não é só o centro da cidade que sofre com os engarrafamentos. Em Itaipava, principalmente nos fins de semana, trechos que, normalmente são percorridos em 5 ou 10 minutos, podem levar até uma hora.

A jornalista Renata Pompeu, de 39 anos, morava no Rio e há cinco anos se mudou para um apartamento na Granja Brasil, em Itaipava. Ao escolher a cidade para morar ela considerou a melhoria na qualidade de vida, por causa do trânsito e também para fugir da violência da cidade grande. Mas, de uns tempos para cá, Renata está preferindo não sair de casa aos fins de semana para evitar o estresse de ficar parada no trânsito. “A partir de quinta-feira começa o inferno. Não importa a hora que você saia de casa que vai estar engarrafado. Nos fins de semana então, fica impossível transitar, principalmente, entre 11h e 12h”, disse ela, que já chegou a levar uma hora para fazer o trajeto entre Bonsucesso até a reta de Itaipava, próximo ao Colégio Liceu. “Quando mudei não era assim, piorou nos últimos anos. Tenho visto muita gente mudando do Rio para cá, o que está deixando a cidade cada vez mais cheia. Também percebo que a construção da nova pista de subida da serra tem sido o motivo desta migração, porque vai diminuir a distância entre a cidade e a capital, mas acho que tudo isso é ilusão”, destacou.

O presidente da organização [NovAmosanta], Roberto Penna Chaves explicou que alguns estudos sobre mobilidade urbana para a região de Itaipava já foram feitos. Neles, fazem parte além da prefeitura, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Os projetos, que juntos somam, aproximadamente R$ 80 milhões, incluem construção de ciclovia ligando o Parque de Exposições até o supermercado Bramil, alargamento da pista entre o Trevo de Bonsucesso e o Arranha-Céu e ampliação da estrada do Catobira. A previsão é que estas intervenções levem de um a dois anos para ficarem prontas, a partir da data de início das obras.

Roberto comentou que também existe a possibilidade de ampliação da Estrada Mineira indo até o Shopping Itaipava. Além disso, ele disse que há um projeto que prevê o alargamento a pista desde o Retiro até Pedro do Rio. Uma outra opção é prolongar a pista até o Bramil, em Itaipava. “Já em Corrêas e Nogueira seriam construídas rotatórias para evitar que o motorista saia a esquerda de forma direta, o que influencia ainda mais nos engarrafamentos e também a colocação de divisórias de pistas no trecho a curto prazo. Os cruzamentos de pista junto às travessias provocam o gargalo no trânsito. São pequenas intervenções que podem ajudar”, afirmou.

Ele disse ainda que este é um projeto a médio prazo. “Espero que cheguem a um entendimento final para a construção de uma alternativa”, ressaltou.

A condição atual do trânsito, que vem sendo alvo de reclamações de petropolitanos e turistas, Roberto atribui ao aumento explosivo do setor imobiliário. “Com as melhorias na pista de subida e a construção do Arco Metropolitano, vai incentivar um fluxo grande de pessoas para virem morar aqui. Porque a cidade é mais tranquila, o clima é agradável”, disse.

Clube em Itaipava Controla Emissão de Gases de Efeito Estufa

[Clippinbg – OGLOBO – por Clarissa Pains 12/08/2014 7:50]

PETRÓPOLIS — O ar que entra pelos pulmões de quem anda pelo Itaipava Country Club pode não estar visivelmente mais puro do que o normal, mas o lugar, que também abriga 136 residências, é agora detentor de um inventário vanguardista: o de medição de gases de efeito estufa emitidos durante o ano. Concluído em junho pelo vice-presidente do clube, o engenheiro civil Telmo Azambuja, o documento foi feito de acordo com as normas do “Programa Brasileiro GHG Protocol”.

A conclusão foi que, em 2013, o clube emitiu 13.809 toneladas de dióxido de carbono equivalente. Como poucas empresas têm esse inventário, é até difícil saber se a marca está acima da média ou não, mas a meta é reduzir esse número ano a ano.

— Queremos servir de exemplo para estabelecimentos de grande porte, como clubes e condomínios. Se você sabe o quanto emite e quais aparelhos emitem mais, é mais fácil reduzir — afirma Azambuja, que é especializado nesse tipo de inventário.

Em 29 e 30 de setembro, uma equipe da ABNT irá até o clube para aprovar oficialmente o documento. O Itaipava Country Club também receberá membros da Bolsa Verde do Rio de Janeiro (BVRio) para discutir a possibilidade de entrada no comércio internacional de carbono.

— Se eu diminuo o gasto de energia, acabo reduzindo o custo. Pretendemos trocar todos os geradores antigos, assim como trocamos todas as lâmpadas — pontua Azambuja — É importante estar ciente de qual é a nossa pegada no planeta.

Nota do blog: Telmo Azambuja é Diretor da MCG – Management Consulting Group e da ONG NovAmosanta em Itaipava, que produz este blog.


Original em OGLOBO